sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Projeto GAP

O GAP é um movimento internacional cujo objetivo maior é lutar pela garantia dos direitos básicos à vida, liberdade e não-tortura dos grandes primatas não humanos - Chimpanzés, Gorilas, Orangotangos e Bonobos, nossos parentes mais próximos no mundo animal. O Projeto GAP Brasil começou suas atividades em 2000 e atualmente conta com 4 santuários afiliados que abrigam em sua maioria animais resgatados de maus-tratos e condições inadequadas de vida em circos, espetáculos e zoológicos. Atualmente o GAP Brasil é a sede do projeto internacional, em função do trabalho de destaque com chimpanzés desenvolvido no país.

Do ponto de vista biológico, entre dois seres humanos pode haver uma diferença de 0,5% no DNA. Entre um homem e um chimpanzé a diferença é de apenas 1,23%. Tal proximidade é demonstrada pelo fato, por exemplo, de chimpanzés poderem ser doadores de sangue para humanos e vice-versa. Hoje também é conhecido que chimpanzés, bonobos e homens tiveram um ancestral em comum há dois milhões de anos.
Diante destes fatos, a exploração comercial dos grandes primatas em laboratórios, circos, espetáculos e zoológicos pode ser considerada como uma espécie de escravidão, lembrando o que o homem fazia com seus semelhantes considerados inferiores até pouco mais de um século atrás. E esta exploração é acompanhada de uma redução drástica do número de grandes primatas nas florestas africanas e asiáticas, seus habitats de origem, impactando todo o equilíbrio ambiental dos ecossistemas.
O GAP Brasil defende o direito dos grandes primatas viverem em liberdade em seus habitats. A partir do momento em que são privados desse direito e passam a ser vítimas de maus tratos, não tendo condições de serem devolvidos as florestas, a missão passa a ser oferecer a melhor qualidade de vida e bem-estar possível aos animais no regime de cativeiro. Nos santuários, os chimpanzés são tratados de traumas físicos - extração de dentes e mutilações - e psicológicos, estresse por viverem engaiolados e tem a chance de se recuperar, formarem grupos sociais e até reproduzir, como na natureza.
"Um chimpanzé não é um pet e também não pode ser usado como mero objeto de diversão ou cobaia. Ele pensa, sente, se afeiçoa, odeia, sofre, aprende e, inclusive, transmite seu aprendizado. Enfim, é como nós. A única diferença é que não fala, porém se comunica por gestos, sons e expressões faciais. Precisamos garantir seus direitos a vida e a liberdade", explica Dr. Pedro, como é chamado o fundador do GAP Brasil e integrante do GAP Internacional desde 2006.
No Brasil, existe uma legislação avançada que protege a fauna nativa, porém não protege as espécies exóticas, que ficam a merce da cobiça e da crueldade dos homens que os adquirem com fins de exploração comercial. Uma das lutas do GAP Brasil é conseguir que a lei que protege a fauna brasileira seja estendida a toda a FAUNA MUNDIAL.

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